ARENGUEIRA MUSIK / FAMÍLIA SARARÁ - Quinta, 2007.07.05
"Bom... eu sou roqueiro, certo? E de preferência com um bom peso e algum barulho. Mas isso não quer dizer muita coisa porque, afinal de contas, eu sou Sem Raça Definida, Sem Rótulo Determinado, um Vira-Lata cultural. O importante é não ter preconceito. Nenhum preconceito. Em relação ao meu trabalho como DJ, isso acaba sendo refletido em uma boa mistura de estilos. E em relação ao meu trabalho como Operador de Som isso precisa significar que, independentemente do meu gosto pessoal, tenho que dar o meu melhor - e reconhecer a boa música onde existir."
Agora... porque cargas d'água eu estou divagando sobre isso?
Simples: esta era uma noite de mistureba sonora e, mais uma vez, tenho q dizer: a quantidade de público quase nunca é diretamente proporcional à qualidade da música.
Talvez o Dr. Jekyll (www.drjekyll.com.br) peque por ter se tornado um local "de um certo tipo de público" - que nem sempre corresponde à altura. Já há algum tempo estou cansado da falta de novidades.
Felizmente o Domício Grillo apareceu com este projeto da NOITE DA CORJA (www.corja.net). Que já apresentou Hip Hop, Reggae'n'roll, Hardcore, Metal e agora, em sua terceira edição, um som mais "groove" que peso.
A ARENGUEIRA MUSIK é mistureba total. Sons regionais (tanto do nordeste quanto daqui do sul mesmo) com bastante percussão - o grande destaque - e uma base guitarra/baixo/bateria de peso. Pra completar tem a voz poderosa da MD, que canta descalça e interage bastante com o público. Talvez a guitarra merecesse um timbre um pouco menos saturado, mas nada que comprometesse. Só achei o show um pouco longo demais... e num palco maior q o do JK acredito que dê para o pessoal se ajeitar melhor.
A FAMÍLIA SARARÁ (www.myspace.com/familiasarara) seguiu mais ou menos no mesmo clima, mas com um show mais alegre. É uma pena que teve gente indo embora antes da banda começar a tocar - se tivessem visto pelo menos o começo do show provavelmente mudariam de idéia. Destaque para os dois vocalistas (o Severino com uma pegada mais reggae e o Ortiz caindo mais pro samba). Não dá pra dizer que é uma banda de samba-rock (até pq, na minha opinião, esse negócio de samba-rock não existe) mas coloca todo mundo pra dançar.
E, no meio disso tudo, tinha o DJ GRILLO (que não gosta muito de ser chamado de Domício) mandando muito bem na seleção musical. E se não tivesse aquele peso lá no meio de todo o groove ele não sairia satisfeito - nem eu.
Acabou tudo cedo e ainda vim pra casa conversando no ônibus com o Grillo. Foi uma grande noite de troca de informações - musicais ou não.
Abraços e/ou beijos...
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